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Olá!

Sejam bem-vindos ao meu portfólio pessoal! Sou a Filipa Ferreira, e faço parte da equipa do BioPads. Aqui poderão acompanhar a minha perspetiva acerca deste projeto, à medida que o mesmo se vai desenvolvendo.

Surgimento de uma ideia

 

Bem, na minha opinião esta foi a fase mais cansativa e a mais difícil deste projeto. Como no desenvolvimento de qualquer projeto, a parte inicial é ter uma ideia e foi exatamente aí que tivemos uma enorme dor de cabeça. Todas as ideias pareciam ser demasiado básicas, ou demasiado complicadas, ou não resolviam nenhum problema, ou então já tinham sido desenvolvidas antes. Finalmente, depois de quase 1 mês, surgiu-nos esta ideia.

 

O nosso objetivo era diminuir a poluição, e ao mesmo tempo, criar algo que fosse acessível e que ajudasse no nosso dia a dia. Como mulheres sabemos que os pensos higiénicos são essenciais, e após a pesquisa descobrimos que há imensos resíduos associados ao seu uso. Surgiu então o BioPads, um penso higiénico biodegradável. 

 

Apresentamos a nossa ideia à professora de biologia que a aprovou, incentivando-nos a pesquisar mais.

A pesquisa 

 

A próxima fase de desenvolvimento do nosso projeto foi a pesquisa. É uma fase muito cansativa, mas, na minha opinião, muito enriquecedora. Aprendi muita coisa enquanto fazia pesquisas, coisas que até nem estão relacionadas com o projeto.

Esta pesquisa passou por, primeiramente, perceber quais os constituintes de um penso normal, e, numa segunda fase, perceber o que iriamos usar no nosso penso de forma a que este fosse sustentável. 

Criação de um logótipo

Todas nós tentamos criar um logotipo para o nosso projeto, que apresentamos na página inicial. Dos logótipos que criei, este foi o que considerei o melhor:

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Contudo, entre as opções que tinhamos, o logótipo com a forma de folha foi o que todas nós achamos melhor. Esteticamente é mais bonito, e representa bem o conceito do nosso projeto. Definitivamente uma boa escolha!

logoitpo 2.png

Criação do site

Criar este site na minha opinião foi uma das melhores partes do projeto. Para além de gostar do processo de criação, foi a primeira vez que algo relacionado com o nosso projeto se materializou.

Ajudas na faculdade

 

Após enviar emails para professores da faculdade que achamos que nos poderiam ajudar, no fim de novembro começamos a obter respostas positivas. É gratificante saber que não só nós acreditamos no nosso projeto, mas também que outras pessoas estão dispostas a ajudar-nos a concretizá-lo. Considero que a nossa equipa tem bastantes capacidades, mas é claro que temos muito a aprender, e a ajuda de professores é de facto imprescindível.

As minhas expectativas

 

No início, com todas as dificuldades que tivemos, levantou-se uma grande questão na minha cabeça: será que isto vai correr como planeado?

A verdade é que talvez não corra, e isso não é necessariamente mau.

As dificuldades que tivemos trouxeram-nos novas ideias, novas competências, e uma vontade ainda maior de fazer com que a nossa ideia resultasse. O importante é não desistir, e continuar a tentar.

Percebemos que somos uma equipa unida, e que vamos dar o nosso melhor para que tudo se concretize. Contamos também com a ajuda da nossa professora de biologia, a professora Luísa Santos, que nos ajudou ao longo de todo o processo, e à qual agradeço por todo o apoio prestado.

Início das reuniões

 

A primeira reunião que tivemos foi dia 8 de dezembro, com o professor António Carvalho, da FCUP. Este foi extremamente simpático, mas infelizmente não nos conseguia fornecer apoio, visto que não tinha contacto com ninguém na FCUP que realizasse extrações de compostos. Contudo, esta reunião foi-nos muito útil visto que o professor nos reencaminhou para outros deparmentos da FCUP, e aconselhou-nos a contactar outros locais, nomeadamente a FEUP e o CIIMAR.

A segunda reunião que tivemos foi com a professora Ana Paulo da Universidade Católica, dia 13 de dezembro. Mais uma vez não nos conseguiram ajudar pois não trabalhavam com extrações ou confeção de produtos. Contudo, a professora gostou imenso da nossa ideia, e encorajou-nos a continuar a trabalhar e a procurar apoio.

Conseguimos colaboração!

 

Mesmo depois de 2 rejeições, nas férias de natal continuamos a enviar emails para diversas pessoas que pensamos que nos podiam ajudar. Seguimos o conselho do professor António Carvalho, e um desses emails teve como destinatário a FEUP. Os outros foram enviados para outros departamentos da FCUP, como o de química e bioquímica, para o ICBAS

A professora Cláudia Silva do departamento de Engenharia Química da FEUP mostrou disponibilidade em marcar uma reunião para conhecer melhor o nosso projeto, e assim o fizemos.

Na reunião estava também presente a Dra. Isabel Martins, e ambas foram muito simpáticas a prestáveis. Apresentamos a nossa ideia, e elas disseram que nos podiam ajudar. Combinamos de na semana seguinte irmos à faculdade para termos uma reunião presencial, onde iriamos definir métodos de trabalho.

Primeira ida à faculdade (19/01)

Nenhuma de nós as 3 tinha entrado numa faculdade antes, e por isso estávamos completamente perdidas. Comecei a pedir ajuda aos estudantes que estavam a passar, e conseguimos chegar ao departamento de engenharia química. Depois a Dra. Isabel ajudou-nos a chegar à sala de reuniões

Já na reunião, discutimos métodos de trabalho e o procedimento. Chegámos a conclusão que, com o tempo que tinhamos, não seria possível concretizar o projeto no seu total. Acordamos então que o melhor seria trabalharmos primeiro na camada absorvente do penso, constituida por celulose, e depois seguir para a camada exterior de amido caso houvesse tempo.

O nosso objetivo sempre foi fazer um penso biodegradável, mas além disso, queriamos utilizar materiais que inicialmente iriam para o lixo, de forma a reaproveitá-los. Após conversar com as professoras, decidimos que a celulose iria ser extraida de folhas da coroa do abacaxi. 

De seguida, fomos visitar os laboratórios da faculdade nos quais iriamos trabalhar.

Segunda ida à faculdade (26/01)

Finalmente começamos a trabalhar no procedimento, e começamos pela extração de celulose. Foi um processo bastante demorado, principalmente a parte de filtração, que foi muito cansativa. Mesmo parecendo que não iamos conseguir, depois de várias horas de trabalho, tudo correu bem.

Terceira ida à faculdade (02/02)

 

Neste dia focamo-nos em analisar as fibras de celulose obtidas, usando o FTIR e o SEM. Na minha opinião esta foi uma das partes mais enriquecedoras de todo o processo, visto que nunca tinha tido contacto com estes equipamentos. Foi bastante gratificante ver que no FTIR as curvas da celulose comercial e das nossas fibras eram semelhantes, o que comprovava que extraimos, efetivamente, celulose das folhas.

Quarta ida à faculdade (20/02)

 

Neste dia, o nosso objetivo era fazer um filme de celulose, com a celulose comercial, de forma a estudar o processo que iamos seguir, e de forma a estudar o filme. Após vários testes e várias alterações nas quantidades dos reagentes, temperatura e tempo de agitação, não conseguimos obter uma mistura com a consistência certa para um filme. No entanto, vamos tentar procurar formas de otimizar a formulação do filme, e obter o que queremos.

Quinta ida à faculdade (15/03)

 

O filme de celulose foi realizado com sucesso! Após adaptar o processo, conseguimos obter um filme que tem como base a celulose extraida das folhas de abacaxi. Este biofilme age como camada barreira de um penso higiénico biodegradável. Assim, obtivemos a prova de conceito que necessessitávamos, em como é possível criar uma camada barreira biodegradável à base de celulose extraída de folhas de abacaxi.

Concursos

 

Começamos a ver em que concursos podiamos participar, e até agora preenchemos os requisitos e concorremos ao “The Challenge” do EduCaixa, ao “Dreamshapper” e aos "Jovens Cientistas". Trabalhamos imenso para concorrer a ambos, desde fazer textos sobre o nosso projeto, fazer vídeos de apresentação, relatórios e responder a várias perguntas acerca da nossa ideia. Esta foi uma etapa importante, visto que nos fez refletir ainda mais sobre os nossos objetivos, a importância da nossa ideia, como poderiamos impactar o mundo, e em como iriamos fazer o nosso produto chegar às pessoas.

Além disso, trabalhar nos vídeos foi uma das minhas partes favoritas, visto que gosto imenso do processo de criação destes.

Infelizmente não fomos selecionadas para a próxima fase do The Challenge nem do Dreamshapper, mas conseguimos passar à próxima dos Jovens Cientistas, e vamos apresentar o nosso projeto na Mostra Nacional de Ciência.

Mostra Nacional da Ciência 2024

23/05 a 25/05

Fomos apresentar o nosso projeto num dos maiores eventos da área das ciências para os jovens, e ganhamos uma Menção Honrosa!

Na minha opinião, estes 3 dias foram uma das melhores partes do desenvolvimento deste projeto.

Em primeiro lugar, aprendi imenso, seja com professores, júris, outros alunos, ou com as ativividades a que assistimos.

Em segundo lugar, foi uma experiência bastante enriquecedora tendo em conta que tivemos de ser postas a prova por júris. Contribuiu para a minha capacidade de apresentação, visto que inicialmente encontrava-me bastante nervosa e insegura por não saber como iriam ser as interações com os júris, e, no fim, encontrava-me completamente a vontade com os assuntos e com uma capacidade de apresentação muito melhor.

Como consequência de tudo isto, a minha visão em relação a este projeto alterou-se: comecei a ver muito mais potencial na nossa ideia, e percebi que é de facto uma alavanca na resolução de problemas de higiene, ambientais, e sociais. 

Por outro lado este concurso foi importante para perceber que talvez tenha mais capacidades do que aquilo que julgo ter. Percebi também que a minha geração tem capacidades extraordinárias, e que o futuro da ciência está em boas maõs, uma vez que uma grande parte dos projetos na Mostra eram de extrema qualidade e muito inovadores, tendo potencial para resolver problemas atuais e tornar o nosso futuro melhor.

O que aprendi?

 

Este projeto tornou-se um meio de aprendizagem em várias áreas da minha vida. Em primeiro lugar, os trabalhos experimentais nos laboratórios da FEUP com as professoras, trouxeram-me muito conhecimento científico que julgo que me será útil no futuro, desde certas técnicas laboratoriais, como o FTIR, que foi completamente novo para mim, como regras de trabalho no laboratório. Mesmo estudando ciência na teoria, nunca tive muita noção do que realmente era trabalhar num laboratório, e agora acredito que estou bastante mais informada nesse assunto.

Por outro lado, também contribuiu para aprendizagens a nível social, uma vez que o sucesso do projeto depende muito da nossa capacidade de comunicação, seja entre os membros da equipa, ou com outras pessoas envolvidas, como professores ou júris. Além disso as minhas capacidades de apresentação de temas melhorou bastante graças à minha presença na Mostra Nacional da Ciência.

Este projeto também contribuiu para uma evolução dos meus conhecimentos de informática, visto que tivemos de utilizar vários programas de edição de foto, vídeo, áudio, bem como o wix para a criação do site. Por outro lado contribuiu para os meus conhecimentos de inglês, uma vez que tivemos de traduzir alguns elementos do projeto, o que permitiu aumentar o meu vocabulário na língua inglesa, e o domínio desta.

Agradecimentos

 

Quero expressar os meus agradecimentos a todas as professoras que nos ajudaram. À nossa professora de biologia Luísa Santos, por nos ter apoiado em todo o processo, e por nos ajudar a melhorar todos os dias. Às professoras do Departamento de Engenharia Química da FEUP, em especial a Dra. Isabel Martins e à Professora Cláudia Santos, por toda a disponibilidade para com o nosso grupo, e por toda a ajuda prestada.

Sem estas professoras nada teria sido possível e temos a agradecer pelas experiências proporcionadas e por tudo o que nos ensinam.

Queria também agradecer à aluna da FEUP Joana Lains, pela ajuda com a realização do biofilme e análise do mesmo, bem como a ajuda com o relatório e o ebook do nosso projeto.

Por último queria agradecer à Filipa e à Inês, porque sem elas nada seria possível. Obrigada por darem o vosso melhor todos os dias para o sucesso do projeto, por toda a ajuda prestada e por toda a paciência e dedicação.

Uma mensagem a futuros alunos de 12º ano...

 

Queria deixar algumas dicas para alunos de 12ºano que estejam a ler este portfólio! 

Numa primeira fase vão, claro, precisar de uma ideia. O que nos ajudou imenso foi (como a nossa professora sugeriu) pensar em problemas que poderiamos resolver no mundo à nossa volta, e por isso focamo-nos em coisas que usamos no dia a dia.

Depois precisam de fazer muita pesquisa (muita mesmo), mas toda esta pesquisa vale a pena porque no fim vão acabar por ficar muito mais interessados na vossa ideia, e com mais vontade de a concretizar, para não falar do facto de que vão aprender imenso também.

Uma dica para o processo de desenvolvimento do projeto em si é: não tenham medo de pedir ajuda. A verdade é que vão ter muitas dúvidas, então enviem emails para faculdade, falem com professores, com outros alunos, falem instituições, etc... Tudo isso vai tornar todo o processo muito mais fácil e mais enriquecedor.

Outra dica importante relaciona-se com a participação em concursos- participem sempre que puderem!- mesmo que achem que não vão ser selecionados, ou que não vão ganhar nada. Nunca se sabe o que pode acontecer, e ao tentar não perdem nada, até pelo contrário, apenas ganham com isso. 

O último conselho que tenho para dar é confiarem em vocês e no vosso grupo, porque vão perceber que têm muito mais capacidades do que pensam. Se algo correr mal, não vejam como um fracasso e sim como algo que aprenderam e vos vai fazer melhorar- nada é em vão!

Posto isto, boa sorte a todos, e bons projetos!

Não hesitem em contactar-me para discutir qualquer questão relacionada com o projeto!

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